Absolvido, Dagoberto critica onda de denuncismo contra políticos
Depois de ser absolvido por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF) numa ação penal, o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT-MS) criticou “essa onda de denuncismo sobre a classe política”. Ele considera “muito preocupante” por causa da generalização, quando se “coloca todos em uma vala comum, como se todos fossem ruins ou corruptos, sendo que existem muitas políticos bons, com bons projetos e de boa conduta”.
Dagoberto foi vítima desta corrente denuncista, quando foi acusado pelo Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul de corrupção e, por isso, condenado perante a opinião pública. Mas acabou sendo absolvido de forma unânime pelo STF por recomendação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que, ao contrário do MPF no Estado, não encontrou prática de crime por parte de Dagoberto na denúncia de desvio de dinheiro do DPVAT (Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres), quando ele era diretor-presidente do Detran.
“Ficou ruim para o próprio Ministério Público, porque todos os processos já tinham (os crimes indicados) prescrito”, observou Dagoberto. “O MP só apresentou denúncia para ser usada politicamente, que foi usada para me contaminar”, ressaltou.
O parlamentar falou do sofrimento por enfrentar “denúncia vazia” com intuito de prejudicá-lo politicamente. Ele atribui derrota na disputa pelo Senado, na campanha eleitoral de 2010, à exploração dessa acusação de desvio de dinheiro no Detran. Os adversários políticos, segundo ele, tiraram proveito e as redes sociais disseminaram o caso para impedir sua vitória.
“Quero deixar clara a minha indignação, porque tive prejuízo pessoal, familiar, sujaram a minha ficha. Agora, ela está limpa”, afirmou Dagoberto, em visita ao Correio do Estado. “Me deu muita tristeza, porque ninguém veio questionar se aquelas denúncias eram verdade, não deram espaço para minha versão”, assinalou.
fonte: correiodoestado